10 livros da década

Até ao dia 31 de Dezembro, o Projecto Artifica-te colocará à tua disposição os 10+ desta década que está a terminar.
Poderás encontrar fotografias e descrições dos acontecimentos, personalidades, projectos e obras de arte que marcaram a última década em termos culturais e artísticos.
Começo hoje por apresentar os 10 livros mais marcantes da década, segundo a revista Visão:

1 - Persépolis
Marjane Satrapi (2000)



A autora iranina, hoje com 40 anos, agitou as águas com esta novela gráfica, retrato da sua infância em Teerão, que abrange a queda do regime de Xá da Pérsia e a ascensão ao poder do regime islâmico do ayatollah Khomeini, bem como da sua posterior vinda para a Europa. Um outro lado do Irão, num registo original: com humor, em quadradinhos a preto e branco. Em 2007, foi adaptado ao cinema por Vincent Paronnaud e a própria Marjane.






2 - O Código da Vinci

Dan Brown (2003)
 
Este policial, que vendeu mais de 80 milhões de exemplares, questiona a divindade de Jesus Cristo, atribuindo-lhe uma vida conjugal com Maria Madalena, com descendência até aos nossos dias. A narrativa é um "rally paper" através de objectos e rituais simbólicos, de que o autor clama a veracidade, e onde nem a Igreja Católica nem a Opus Dei gostaram de se ver retratadas. Tornou-se um enorme fenómeno, com várias réplicas. Foi adaptado para cinema em 2006.


3 - 2666
Roberto Bolaño (2004)




A obra - prima póstuma do chileno , falecido aos 50 anos, originou um terramoto literário e foi unanimente aplaudido. São mais de mil páginas, numa estrutura original e em prosa exigente. Um labirinto de personagens e histórias díspares , onde a violência, a morte e a decadência são constantes.







4 - Trilogia Millennium

Stieg Larsson (2005)

Começou com "Os Homens que Odeiam as Mulheres" e deveria acabar num décimo livro. No entanto, um ataque cardíaco fulminante fez o jornalista sueco deixar em três tomos a adição literária da década. O méritos destes policiais diferentes, passa pela subversão do género, com temas contemporâneos, como as novas tecnologias ou a violência sobre as mulheres, e pela criação de personagens carismáticas.


5 - Crepúsculo 
Stephenie Meyer (2005)



O primeiro volume da saga "Luz e Escuridão", escrita por uma dona de casa norte-americana e mórmon, relançou o género literário dos vampiros - uma moda sem fim à vista. Os quatro livros sobre o romance atormentado entre uma adolescente humana e um vampiro de 109 anos, venderam mais de 85 milhões de exemplares, surgindo uma verdadeira Crepúsculomania! Esta obra foi adaptada para cinema em 2008.






6 - As Benevolentes
Jonathan Littell (2006)



Um autor americano, um romance escrito em francês, uma obra controversa. Factos de onde de choque causada pelas memórias desassombradas e sem remorsos de um ex-oficial nazi implicado nos massacres de judeus - pretexto para revisitar os grandes temas do século XX. Uma reflexão notável sobre o mal, premiada com o Goncourt e o Grande Prémio de romance da Academia Francesa. 




7 - Morreste-me
José Luís Peixoto (2000)




Foi com o segundo romance, "Nenhum Olhar", um olhar particular sobre o Alentejo, com apontamentos de literatura fantástica, que o autor ganhou o Prémio Saramago, em 2001. Mas foi devido à força destas pouca mais de 60 páginas inaugurais, uma elegia intensa e emocional ao pai falecido,que José Luís Peixoto irrompeu no meio literário e no imaginário dos seus leitores.






8 - Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro (2001) 



"Bíblia" de poemas do mundo inteiro, das cosmogonias fundadoras até aos poetas nascidos em 1945. Um poema por cada autor numa tarefa hercúlea, assumida por mais de 100 pessoas (por ocasião do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura). Um atlas poético, chamaram-lhe. Foi, também, o legado simbólico do grande editor Manuel Hermínio Monteiro, falecido nesse ano.





9 - Equador
Miguel Sousa Tavares (2003)




A estreia na ficção do jornalista foi um rastilho: um best-seller que vendeu mais de 400 mil exemplares. Premiado e multitraduzido, originou uma série de televisão. Surpreendeu a ambição de 500 páginas, numa escrita fluente e sensorial. É um fresco histórico sobre a colonização, as liberdades, que narra a ascensão e queda de Luís Bernardo, governador-geral em S.Tomé e Príncipe, entre 1905 e 1908.






10 - A faca não corta o fogo - súmula & inédita
Herberto Helder (2008)



Depois de um silêncio estrondoso, durante década e meia, após a sua recusa do Prémio Pessoa, em 1994, o poeta recluso, de 77 anos, deu à estampa um livro generoso, com inéditos. Um acontecimento literário que gerou um consensual elogio da crítica, e provocou uma corrida inaudita às livrarias, em busca de 207 páginas de poesia.


0 expressões artísticas: