China: Cães e gatos fora dos pratos
Na China, cães e gatos sempre foram considerados alimento, mas as mentalidades estão a mudar: cada vez é maior o número de chineses que tem um cão ou um gato como animal de estimação.
O professor Chang Jiwen, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirmou à cadeia de televisão norte-americana CNN numa reportagem sobre este tema, que “bani-los da alimentação mostraria que a China alcançou um novo estádio de civilização”. E depois de ter proibido a sua venda para consumo durante as Olimpíadas de Pequim, para não ferir a susceptibilidade dos participantes, o governo chinês encara agora a possibilidade da ilegalização total do consumo de carne de cão e gato, até porque a prática afecta negativamente a imagem do país no estrangeiro.
A verdade é que, mesmo na China, apenas algumas regiões usam este tipo de carne na gastronomia tradicional, e este não é o único país do mundo onde isso acontece: também em certas zonas do Vietname, da Coreia e das Filipinas, há quem coma cão, e a carne de gato também é apreciada no Vietname. De qualquer modo, as mudanças já começaram a acontecer, e a carne destes animais é cada vez mais difícil de encontrar em restaurantes. Quanto à lei, preve-se que ainda deve demorar uns dez anos a ser elaborada e imposta, integrada num conjunto de leis mais alargado, destinado a promover o bem-estar dos animais.
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