"O Morcego"

Opereta em três actos.

Estreada em 1981 em Lisboa (TNSC), Portugal.
A obra de Johann Strauss (filho) está intimamente ligada à evolução da Valsa vienense na segunda metade do século XIX. Integrado numa família de músicos, todos ligados a este género de música de dança, Johann Strauss terá sido aquele que mais se destacou, ao refinar formalmente o género, popularizando-o tanto nos salões de dança como nas salas de concertos. O enorme sucesso das suas obras coloca-o mesmo como um dos mais bem sucedidos compositores de todos os tempos. A sua habilidade para a escrita melódica e a subtileza da orquestração levarão à estilização e elevação de um género inicialmente conotado com o meio rural e popular, tendo compositores da chamada música erudita, seus contemporâneos, como Wagner, Brahms ou Richard Strauss, elogiado entusiasticamente o seu domínio nesta arte.
A partir de 1870, com o desenvolvimento e popularização da Opereta e com as primeiras encomendas dos teatros vienenses, Strauss desviaria a sua criatividade para este outro género sem deixar, no entanto, de usar, nessas produções, a Valsa como mote central. Composta num período de trabalho de apenas seis semanas e estreada em 1874, Die Fledermaus tornar-se-ia uma das operetas mais encenadas de toda a história do género. Ao adaptar a história original, uma comédia ligeira cheia de malentendidos amorosos e jogos de engano, de uma festa de réveillon para um baile vienense, os libretistas garantiram não só uma maior identificação do público austríaco como o máximo aproveitamento da arte do compositor.
A Valsa, música de dança vienense por excelência, enquanto género e forma, atravessa, assim, subtilmente, toda a opereta, tendo muitos dos seus números ganho mesmo posterior autonomia nos salões de baile oitocentistas e nas salas de concerto já no século XX.

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